sábado, 9 de setembro de 2017

Retorno

Depois de um longo tempo afastada, retorno relendo meus escritos anteriores e com novas "inspirações", rs.

Observem as imagens abaixo:




Todas essas pessoas tem algo em comum: foram agredidos por alunos. Temos visto muitas dessas questões dentro das nossas escolas, por vezes não chegam às vias de fato (afirmo que já recebi alguns beliscões, socos e chutes de alunos do Pré e 1o ano) mas são frequentes as agressões verbais, a falta de respeito pela autoridade do educador.

Com isso, me vem à mente a Lei 13.010/14, popularmente conhecida como Lei da Palmada. Sobre ela, compartilho os seguintes prints:

https://claudia.abril.com.br/sua-vida/lei-da-palmada-o-que-influencia-na-educacao-dos-filhos/



https://thiagohusai.jusbrasil.com.br/artigos/348956278/analise-a-lei-da-palmada


Oi??!! 🤔 Tem coisa confusa nisso tudo...
Se quem agrediu deve sofrer penalizações e orientação pedagógica, fico pensando: isso vale quando os agressores são o que estão "debaixo da lei"???

Concordo que todo e qualquer tipo de violência deva ser banido, mas fico no aguardo da Lei que venha tratar sobre os deveres dessas crianças e adolescentes, pois são muitas leis protetivas e poucas punitivas.



Sem mais.




quinta-feira, 17 de abril de 2014

Desconstruir



Tive a oportunidade de participar de um curso para formadores em alfabetização onde a frase "é necessário desconstruir para construir" foi constantemente frisada. Hoje paro para pensar no que isto de fato vem significar.

O foco era levar os professores a uma reflexão sobre rever suas práticas, observar sucessos e analisar os fracassos, percebendo quais mudanças devem ocorrer, quais novos caminhos seguir.

Willies da Silva, descreveu muito bem o que o ato de desconstruir vem a ser:

"Desconstruir-se, então, significa revelar-se por inteiro para si mesmo, para conscientemente e com presteza iniciar um processo de eliminação e desapego de tudo quanto foi assimilado de negativo em nível de padrão existencial e comportamental. Para alguns pode até ser penoso desligar-se de antigas crenças, vícios, deficiências, ilusões e valores inadequados, mas, não há outro caminho que não seja este para por fim ao que causa sofrimento e frustrações comprometendo a vida e o bem-estar que se deseja. O verdadeiro e profundo transformar-se passa, inevitavelmente, por esta invulgar vivência de superação de si mesmo, uma vez que reside interiormente toda a base da conduta humana."

Passo a compreender a grandiosidade desta ação, pois por vezes é necessário parar e refletir o que entendemos sobre a importância da nossa profissão, sobre onde desejamos chegar, quais objetivos tenho, quais caminhos vou seguir, assim nos afastamos do comodismo e vivenciamos experiências que nos auxiliam a observar que muitas vezes o que tínhamos como certo, nada mais era do que pura ilusão.

Se não sabemos onde queremos chegar, não nos dedicamos como deveríamos e quando temos essa consciência, e nos vemos diante de tantos problemas, de tantas práticas vazias não condizentes com a teoria esperada, a vontade é de jogar a toalha.

Mas ai que entra o desconstruir, pois assim como descreve Walter Banjamin: "a construção da vida encontra-se, atualmente, mais no poder dos fatos do que das convicções." Nem sempre nossas convicções devem reger nosso agir, os fatos reais é que serão base para uma construção verdadeiramente sólida.

Que todos nós profissionais da educação, ou seja lá qual for sua área, não nos acomodemos, que possamos olhar ao redor, dentro de nós, rever nossas ações, e nos permitir mudar o pensamento baseado na realidade que está realmente diante de nós.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Produção textual

Assistam o vídeo abaixo:



Uma redação. Produção textual.

Vários instrumentos avaliativos tem utilizado esta prática, seja em sala de aula, seja para conquistar uma vaga no Enem, no vestibular e até mesmo, vaga de emprego, seja ele privado ou público.

Pensemos na dificuldade que existe em escrever um texto. Com o avanço da tecnologia, que nos proporciona incontáveis caminhos significativos em áreas diversas, por outro lado, acaba por favorecer facilidades que prejudicam nosso aprendizado. Temos textos à mão, nosso "Pai Google" de pronto nos entrega artigos, gráficos, material diverso e amplo.

Mas apesar desta problemática, penso se todos os indivíduos teriam essa habilidade? Produzir um texto é algo que desde os anos iniciais tem sido ensinado, sendo que sabemos que há aquelas pessoas que se destacam, tem uma facilidade em expressar-se graficamente, porém: 

Segundo Gardner, são características que classificam que tipo de inteligência cada pessoa possui, bem como quais as facilidades que essas trazem para nossa vida.
A inteligência verbal ou lingüística aparece aos dois anos de idade, porém vai-se definindo ao longo da vida. As pessoas que possuem essa inteligência desenvolvida, mesmo sem ter passado pela escola, conseguem organizar suas frases de forma clara e objetiva. Normalmente são pessoas que gostam de ler, escrever, tem boa memória, ótima verbalização e sabem debater.  

Na sua teoria, Gardner propõe que todos os indivíduos, em princípio, têm a habilidade de questionar e procurar respostas usando todas as inteligências. 


Apesar de sabermos que cada indivíduo possui uma habilidade com influencias de outras mais, é certo que independe deste fator, a incapacidade de produzir um texto, explorar um pensamento, uma ideia, através da escrita, é um treino, praticar constantemente a leitura. Mas que leitura seria esta? 



"Para que a produção textual seja eficaz, se faz necessário que o produtor esteja em contato com textos coesos e coerentes. Assim, podemos compreender que a leitura é um importante veículo para um melhor desenvolvimento da escrita, portanto estando em proximidade com textos bem redigidos..."                                                                                                 (Rebecca de Brito / UFP)

A nós educadores, esta reportagem mostra o quão importante e urgente é incentivarmos todas as práticas que auxiliem nossos alunos a conquistarem habilidades para serem leitores e escritores de excelência, aprimorando um aprendizado de fato significativo.





domingo, 1 de setembro de 2013

Verdade II

"Tia, aquela menina me xingou e eu tenho testemunha!"

Chamou-se todos os envolvidos e a testemunha relatou o fato com riqueza de detalhes, confirmando o que a menina ofendida havia informado.

Diante de tantas negativas por parte da "acusada", sobre não ter agido desta forma, perguntou-se mais uma vez para a testemunha, avisando a ela que não é feita ocorrência para aqueles que falam a verdade, isso só ocorre com quem mente, inventa histórias. Foi dito que apesar de todos os detalhes descritos, é possível descobrir quando está mentindo...

A aluna entendeu o recado e percebeu que o certo a ser feito naquele instante, era falar a verdade e contou que a sua amiga foi quem a induziu a mentir, pedindo que confirmasse sua história. Foi perguntado se o fato era uma atitude certa, fazendo assim uma reflexão sobre agir de forma correta, ética.

Que tipo de amiga é essa que mente, e induz a mentira? Amizade que nada acrescenta! Pensei naquele momento.

Atitudes como essas, quando não bem orientada nesta idade, faz com que cresçam e se tornem adultos que mentem facilmente. Me recordo de uma postagem feita há 2 anos atrás, onde compartilhei sobre a falta de verdade de um adulto que prejudicou seriamente pessoas envolvidas em seu trabalho, assim como um excelente poema de Drummond.

Desejando ler, clique aqui --> Postagem: Verdade

Abraços!

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Responsabilidade

Aqueles que de fato são comprometidos e envolvidos com a educação, mesmo com tantos afazeres e dificuldades vividos, percebem algumas situações críticas que motivam determinados comportamentos dos nossos alunos.

Em um encontro recente entre Orientadores, estudamos sobre a indisciplina, quando a mesma ocorre e os motivos que levam os alunos a agirem desta forma. 

Além daqueles que podem envolver o contexto escolar, sinalizo aqui o ambiente ao qual o aluno está inserido desde seu nascimento e que possui influência impar em sua vida: seu lar, sua família.

O aluno traz consigo as experiências vividas, sejam elas quais forem. Irá expressar o que sente de diversas formas, sendo introspectivo ou até mesmo indisciplinado. O que vive em casa, a forma como foi educado, acaba por ser impresso em sua conduta na escola.

Devemos sempre relembrar aos pais sua responsabilidade, o reflexo e efeito que tem na vida de seus filhos e o quanto contribuem (positiva ou negativamente) na formação deles.

Compartilho esta mensagem que é um pedido que um filho faz aos seus pais:





quinta-feira, 11 de julho de 2013

Envolvimento x Comprometimento


Toda vez que entro em sua sala, um aluno com comprometimento na aprendizagem, corre para me mostrar seu caderno, além de rabiscos e desenhos, é surpreendente o prazer que ele tem ao apresentar seu feito. É um exemplo de alguém comprometido com o que realiza. Mesmo quando não consigo dar a atenção esperada, ele sempre vem com a mesma postura, pois mesmo sabendo de suas dificuldades, não deixa de dar o melhor de si e se orgulha ao apresentar suas conquistas.

Passamos por um período de grandes manifestações, sabemos muito bem dispor de tempo e energia para reivindicar nossos direitos, são válidos, coerentes, porém, quando deixa-se de lado a mesma dedicação ao exercer nossos deveres, algo caminha muito errado.

Vejo crianças tão dedicadas, focadas, percebe-se a atuação e exemplo da família nesta questão, mostrando que faz parte cumprirmos nossa obrigação, independente das dificuldades que sempre mencionamos. Mesmo não sendo possível alcançar o esperado, que o ato de fazer o melhor possível seja observado.

Será que, no nosso exercer a função, fazemos diferença entre dedicar-se somente com prioridade aos direitos, não dando a devida importância aos deveres? 

Compartilho um vídeo, mencionando que todos os comprometidos estão envolvidos, mas nem todos os envolvidos são comprometidos!

No vídeo quando menciona o "dar a vida", não levanto a bandeira de sermos radicais, a reflexão é dar todo o melhor para provar comprometimento, pois estamos aptos a reivindicar direitos somente quando cumprimos com igual afinco os nossos deveres.

E ai, você é porco ou galinha?

Para assistir o vídeo, clique aqui: Parábola da Galinha e do Porco


quinta-feira, 6 de junho de 2013

Resultado

Sou educadora, não apenas uma profissão que exerço ou cargo que ocupo, as ações que tenho, devem sempre ter um resultado que mostre na prática quem eu sou, o que acredito, o que almejo.

Muitos possuem atitudes diferenciadas dentro e fora do trabalho, isto é o lógico, visto que em cada situação prevê e exige uma postura diferenciada, mas devemos lembrar que aquilo que somos, nos acompanha e tudo que plantamos, iremos colher, cedo ou tarde, seja o que for, onde for, para qual objetivo for.

Assistam este filme, permitam ser validados com alegria, esperança e perseverança, sempre, sempre...


terça-feira, 4 de junho de 2013

Desempenho cognitivo

Ouvi de uma pessoa adulta que ela não lembra mais como andar de bicicleta, eu perguntei se algum dia realmente havia aprendido, após a resposta positiva, indaguei sobre ter ao menos tentado após tantos anos para ter certeza de que havia esquecido realmente, e novamente a resposta positiva.

Isso me intrigou, sempre ouvimos falar que quando aprendemos a andar de bicicleta, nunca mais esquecemos e me deixou curiosa para pesquisar a respeito.

Alguns estudiosos explicam que a memória tem a ver com o desempenho cognitivo do ser humano, com o passar do tempo, sua "performance" diminui, se perdendo alguns dados, porém, mantendo outros, para justificar isso, compartilho resumidamente, alguns tipos de memória:

De início, tratam sobre a sensorial, que diz respeito ao que acabamos de perceber na realidade que nos encontramos, dura alguns segundos, para a partir dai, seguir para o segundo tipo, a memória de curto prazo, é nela que surge uma "observação" do que foi recebido, organiza as informações ou descarta aquilo que não é proveitoso, dura em média alguns minutos, horas. Por último, temos a memória a longo prazo, recebendo as informações coletadas da sensorial e de curto prazo, as armazena, durando dias, meses, anos. É nela que ficam guardados os conhecimentos adquiridos na escola e  sobre andar de bicicleta.

Por que ocorre o esquecimento? Isso pode ocorrer nos três tipos de memória, como já vimos, o tempo influi neste caso, além de situações emocionais. Relembrando a situação da bicicleta, após leituras, é possível afirmar que não esquecemos de fato. O que ocorre na realidade, é que esta memória se denomina "extinta", pois deixou de ser acessada, mas assim que necessário e desejado, ela poderá ser evocada, e será relembrada, comprovando que realmente nunca esquecemos como andar de bicicleta.

Sobre aprender algo novo, reter essa informação depende muito do nosso interesse por isto, fato que afirma sobre algumas memórias permanecerem intactas. O que complica às vezes é quando percebemos dificuldades à frente, decidimos não prosseguir, deixando essa informação na sensorial, não permitindo ou "insistindo" que vá caminhando até a de longo prazo.

Compartilho um vídeo bem interessante sobre este tema:



Abraços a todos!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Aptidão

Preparando material para uma reunião que darei em meu trabalho, relembro de um texto que compartilho abaixo:

Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada ponta de uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio de água no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe. O pote rachado chegava apenas pela metade. 
Foi assim por dois anos, diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, o pote perfeito estava orgulhoso de suas realizações.  Porém, o pote rachado estava envergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a metade do que havia sido designado a fazer.  
Após perceber que por dois anos havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem um dia, à beira do poço:  
- Estou envergonhado, quero pedir-lhe desculpas. 
- Por quê?, perguntou o homem. - De que você está envergonhado?
- Nesses dois anos eu fui capaz de entregar apenas metade da minha carga, porque essa rachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor. Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o salário completo dos seus esforços, disse o pote. 
O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:
- Quando retornarmos para a casa do meu senhor, quero que percebas as flores ao longo do caminho.  
De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou flores selvagens ao lado do caminho, e isto lhe deu ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentia mal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disse o homem ao pote: 
- Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado do caminho??? Notou ainda que a cada dia, enquanto voltávamos do poço, você as regava??? Por dois anos eu pude colher flores para ornamentar a mesa do meu senhor. Sem você ser do jeito que você é, ele não poderia ter essa beleza para dar graça à sua casa.

Em nosso ofício enquanto professores, percebemos alguns alunos que nos parecem "rachados", não retém nenhum conteúdo, mas é importante verificar em quais aspectos ele se sobressai. Todos somos inteligentes, algumas práticas possuem mais destaque que as outras, mas nunca devemos desmerecer o conhecimento do outro. 
     Sabemos que nossa profissão é desvalorizada, não entra em rankings de profissões promissoras, muito bem remuneradas, dizem que ser mestre é um dom, enfim, para trabalhar nesta área, não deve haver um dom, mas um senso da responsabilidade que este ofício requer, são vidas que estão caminhando conosco buscando conhecimento e nós somos coparticipantes deste processo.
    Diante da falta de valorização e de melhores condições e recursos de trabalho, podemos nos sentir, às vezes, também como o pote rachado, tentando levar a água em sua totalidade até o fim da jornada, quando por conta de toda uma problemática, tudo que pensamos e planejamos não alcança o almejado, mas como observamos no texto, as sementes devem sempre ser lançadas, prepararmos o chão e cultivarmos, e assim, com certeza, colheremos lindas flores, resultado de um trabalho feito com responsabilidade e esmero.
Lembrem-se, cada pessoa, em seu estudo, em seu trabalho tem valor, é apto a exercer algo, destaque em seu conhecimento, devemos descobrir quais são, valorizá-las, desenvolvê-las e respeitá-las!



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Permanecer


O que é essencial? Segundo o dicionário Michaelis, "constitui a parte necessária ou inerente de uma coisa; necessário, indispensável. Característico; importante. O ponto mais importante."

Temos muitos anseios, planos, e devemos por a prova o que além de importante, é de fato uma parte necessária, indispensável e se damos o devido valor a isto.

Com tantos dilemas enfrentados, é possível confrontarmos nossa atitude, quais ações esperadas nestas situações que nos remetem ao permanecer, seguir em frente e assim faremos, quando sabemos o que é essencial para nós, mostrando força e determinação para caminhar.

Em comemoração à Pascoa, assisti esse vídeo que nos leva a várias reflexões: 





A atitude desde pai foi de mostrar que o não vencer a corrida não era mais importante do que, por não conseguir ver seu filho sofrer, era o estar ao seu lado.

O que é essencial para você?